[ José Vitor ]
cada pensamento ou ação,
às vezes calo “Ouço.”
outras vezes não ouço, grito:
Reclamo os projetos fraccionados de momentos.
Quero destoar, tornar-me um arquiteto;
eu mesmo me farei do meu próprio.
Começarei com barro,
tudo que a partir de agora vier,
torná-los hei em formatos de tijolos.
De punhados de horas viverei, farei um pé-de-meia.
quando um milheiro tiver, assentá-los hei,
será o ego de ter construído o passado.
De toda parede feita, versejada, terei predicado;
terei edificado um homem.
Um tanto de instantes serão acabrunhas ousadas,
Serão figuras e letras, será a plantação de uma árvore
Um filho… por primeiro ou derradeiro, não importa.
A vida é aquilo que fiz e que faço, e que aprazem ocasiões.
São como cubos prementes, cubo a cubo, cubos que formam linhas, que montam prefácio, que ergue o edifício,
que alardeia o dia como se fossem construtores.
E são! são culturas de muitas quadrilhas,
de cenas, novenas, novelas. A cena é uma peça só; muito simples: — se dá numa sala, no centro uma mesinha ao lado janela sem cortina, duas poltronas, uma travessa de pipoca, e, uma longa metragem de 2 horas...
ResponderExcluirLindo ...
Vitor vejo-o como "cada instante", como nos versos a sua poesia grita a sensibilidade de quem as têm.
Bjssss