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quarta-feira, 6 de março de 2013


[J. Vitor ]

Estou me perdendo pelo caminho.
Lembro-me quando ainda era virgem, alias,
O mundo inteiro era virgem!
Depois eu fui me perdendo
Os meus olhos se perderam nos encantos.

Logo veio o coração —
Não sei bem quem, sei que um primeiro alguém fez mal para ele,
E tão logo lhe ensinou gerar sentimentos…
Inocentemente tornei-me um adepto.

As ruas do meu corpo começaram a crescer, crescer e crescer…!
Um lugarejo povoou as minhas veias, e,
Passou a serem chamadas de avenidas… largas…! lindas…!
De todos os lados havia sol!

Sol que caminhava com as flores,
Que ensinava os jardineiros a plantarem e colherem,
Já aí, os meus braços sabiam abraçar,
Os lábios exercitavam beijos, assim como o céu exercita as estrelas.

A razão deixava de ser caracol, e se arrastava a caminho da lua.
Nisto, a vida ainda não tinha TAMANHA idade.

Decorrendo o tempo, emprenhou-me num carrossel;
Sem percepção fui me perdendo em nuvens,
Deixando para trás a lua de mel, a paixão única,
Os amores, as inquietudes daquelas noites em que,
Inclinava-me nos bancos das praças — Eu ainda era inteiro!

Um comentário:

  1. belíssimo poema... acho que todos nós estamos, aos poucos, deixando de ser inteiros, pois vamos perdendo partes nossas por aí. E não há retorno. mas ao mesmo tempo, vamos nos transformando em outra coisa mais leve.

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