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domingo, 22 de julho de 2012

Se houver

imagem da web



Ah! Se me sobrar amanhã, o depois ainda,
Um pedacinho de chão, uma horta onde possa por a mão,
Cutucar uma covinha, fazer nascer uma brotação:
No mínimo ver levantar a costa de um feijão

Sentir-me igual ao caroço quando solta de si a casca:
Ainda feia, rugosa, “como crosta de ferida”
Porém, trazendo o germe que perpassa o ar gélido,
Vendo sobre si, a terra que se aberra gentil.

Ah! Se sobrar o depois da manhã, se o após ainda!
Verei crescer a plantação, extirparei o gafanhoto
Até que o fruto se complete amarelo como sol!

Deitarei esparramado, tirarei o pensamento,
Pousarei os espantalhos. Ficarei zen.
Os ossos ficarão  esquecidos do feijão.

J.Vitor

3 comentários:

  1. Se sobrar o depois da manhã e pós ainda, ficarás zen com a certeza da missão cumprida aqui na terra, no mínimo a glória de ver levantar um lindo pé de feijão repleto de tudo que podia acontecer ou os olhos humanos possam contemplar !!!

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  2. Olá J. Vitor, e que tudo esteja bem contigo!

    Ainda que digam que daqui nada levamos, penso que levamos sim, boas lembranças e esta sensação de jornada cumprida, de acordo com o que nos foi permitido, portanto devemos cuidar o que deixamos, e se deixarmos uma semente germinada, com certeza vai sobrar o depois da manhã

    Sempre belos os teus pensamentos por cá postados, imagem e texto sempre de máxima expressividade. Obrigado por compartilhar, teus escritos e amizade, e também pelas gentis visitas e comentários.
    E assim deixo também meu desejo que você e todos tenham um viver de intensa felicidade, abraços e até mais!

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  3. Bom dia! Lindo poema... concordo em tudo com o comentário de Sotnas!

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