O que virei escrever é irreal; coisas ilógicas; aleatórias como o esvoaçar da mariposa; é uma mera circunstância de quem não vai ao cinema, porém, uma condição de quem pensa; de um coração que pulsa Cleuza, mas não a convida para a festa. Confesso, não tenho verbo para acionar um sujeito ou para mexer com um mero objeto; nem ao menos tenho uma premeditação, tenho somente o ócio de sentar-me nesta cadeira e pensar em sandices.
Certamente estas não são regras para escritores, jornalistas e outros.
Porém, confesso a mim mesmo, sento no intento de professar um talento… coitado! Fico perdido nas letrinhas.
Aconselho-me! — Deixe para lá, escreva o que lhe vier — Então teimo de querer escrever. (Conjugo) Escrever… escrevinho, escrevo e apago; percebo não ter o que escrever. Os motivos são muitos. Em primeiro é não ter o hábito racional. Olho-Me, depois me enxergo, depois…?! Fico fico suspenso ao ler Sidney, de ouvir recitativos de Neruda, de ir às apresentações de Deus…
Vejo-me analfabeto:
Que pretensioso!
Afinal...! nem escrito sou!
Um molengo, sou!
Se ao invés de inepto fosse adepto, saberia... Nunca mais se escreverão Lusíadas, e nem se ouvirá em outras letras "o choro de Cruz e Souza", (foram abolidos os escravos). “Terá sido por Castro Alves”?
Nunca apinharei uma caneta. Para isto tenho um fato contundente: Vinícius de Morais já escreveu a todos os poemas.
Acordo nas manhãs... Sou presa de vício! Logo me vem “o pretenso escritor” penso em uma... duas ou mais palavras, mais rápido que o logo, percebo de imediato, as frases e letras bonitas já foram escritas!
de J.Vitor
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