— Distante...
a minha importância inexiste.
O coração...
Enfático, pouco importa pulsar.
A alma...
Apreensiva, não compreende a virtude.
O olhar...
Não cria literatura.
Se de perto me vir,
Saberão que tenho nos braços… bravura...
Nas lentes...
o poder de estabilizar o carma, de recobrar as cores, de intuir a aquarela.
no vitral duro, no crepom enrugado, na cartolina com cores aguadas.
Estou aqui!
—As minhas mãos sentem as flores.
O coração...
Insistente,
Faz redações de amor,
redargua o prazer, mesmo que se sinta só…
A alma...
Crente, faz prédicas clementes,
procura discípulos — que seja uma única oração.
O olhar...
Um poeta, Um dedicado arquiteto da casta,
um recatado senhor de prole.
Estou aqui!
Saiba da minha necessidade:
— puxe a cadeira,
ponha-se deste lado, dê uma prosa, ainda que pouca,
ainda que seja versículo de Salomão ou de Camões…
mas fale poesias; se sobrar tempo elogie o meu terno!
de J.Vitor
Estou aqui
ResponderExcluirAs minhas mãos sentem as flores, o coração insistente faz redações de amor ...
Sabe da minha necessidade, puxei a cadeira e me ponho a este lado !!!
Com certeza, curtindo cada poesia deste escritor,
falando em prosa poesias maravilhosas !!!