de J. Vitor
Queria que os filamentos do meu
corpo tivessem válvulas e registros de acesso para que os meus próprios dedos
controlassem os impulsos compulsivos. Se assim fosse, entraria nesse painel de
comando, meteria o martelo em tudo, principalmente no quesito do sentimentalismo.
Desligaria a casa de leitura, poria abaixo livro a livro. Um folheto somente manteria
visível: — “Nunca mais faça poesias”.
Dai para frente deixaria valer este lembrete:
Habitava na
cidade o poeta do concreto
Tomava-se de um
lápis como se apunha uma talhadura.
Descia A marreta
sobr e a folha... gravitava
rachadura,
O caderno ali
parado dormia pálido e quieto.
Quisera ele ser
um poeta do interior,
Esquecer o
desgaste que lhe mudava o natural.
Romper o dia que
o levava a desfecho br utal!
“Mas” criou-se
ao redor de si a cidade do glamour!
Mesmo que agora
venha esta oportunidade,
É vinda de muito
atraso, não havia de mudá-lo.
Seria choque na
alma, trauma na verdade...
Portanto ficou
plantado na cidade... Ninguém ousou acordá-lo...
Quanto mais o tempo passa mais belas ficam as escritas desse Blog excelente. Parabéns meus queridos e amados escritores. Um abraço fraterno da velha amiga e grande admiradora de vocês. Boa noite! Deus continue os iluminando.
ResponderExcluirNão me canso de olhar, admirar esse excelente trabalho de vocês. Parabéns, e Deus continue os iluminando!
ResponderExcluirPoeta é poeta... seja empunhando um lápis ou segurando uma talhadeira
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