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domingo, 18 de abril de 2010

Dor


Tenho uma ferida,
Certamente não fui eu quem a fez,
Masoquista, jamais serei.
Não levo travas no calcanhar,
Nem barras nas mãos.
Levo o peito inciso.
Não me importo de ter transparente o coração.
Os sinais vitais ele esconde
Esconde o "agravo da dor,"
A humilhação de ser exposto:
Até que se recolha dos lamentos.

Tenho uma questão,
Será uma razão?
Tornou-se uma paixão;
roubou-me o coração!

No lugar evasivo… caminho.
Levo a ambiência de reencontrar-me.
Recompor a consciência
E depois as mesmas poesias!

José Vitor

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